quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Auto-droga sentimental ilícita

A cabeça fervilha de idéias, numa velocidade a ponto de se desintegrar. Por que é tão ruim estar aqui? Por que não lhe cabe a idéia de chegar ao objetivo primário? A felicidade relativa, dependerá disso a longo prazo. Trago. Cérebro cinza, cor que se acentua, pela fumaça enviada a todos os pontos do corpo.

Fumaça da sua cabeça quente, dessa enxurrada de idéias. Levo.

Talvez não seja tão desagradável estar aqui, mas outra consciência na sua cabeça, que te faz não aceitar o que é, ou o que deveria ser... chegamos ao ponto em que o questionamento nos saturou tanto, que pergunto e não me respondo mais.
Unhas roídas, interior roído. Eu sou meu próprio cupim, construindo minha morada com a porta principal voltada a oeste, ao pôr-do-sol.

Posso ter o controle de tudo! Mas me falta, falta o auto-controle. E nego que talvez não goste de ver o sol todas as manhãs, dormir enquanto todos estão de pé, evitar análises, fugir de cobranças, não te responder. Apenas conversar comigo e fortalecer essa pessoa que toma conta de mim, ser um morcego, inútil e cego.

E quando eles não estiverem mais aqui? A sopa de feijão não terá mais o mesmo gosto, as toalhas não terão mais o mesmo cheiro. Meus sentidos me enganam, não adianta guardar apenas na lembrança, se você nunca aproveitou enquanto tudo existiu. De que me serve uma casa fria? Para que as aranhas dancem mais uma canção lenta em suas teias.

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